sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Berlim

16/09/09 - 19/09/09

Como cheguei até Berlim já está no post anterior. Agora vou contar o restante.
Chegamos já tarde em Berlim, no caminho do aeroporto até o hostel, a cidade parecia muito tranquila. Poucas pessoas na rua e pouco movimento.
Após deixarmos as bagagens no hostel, fomos até a Alexander Platz, que ficava bem próxima de onde estávamos. Ficamos tirando algumas fotinhos, estreando o maguinânimo Gorillapod e depois retornamos para o hostel.
No outro dia, investimos um bom tempo no café da manhã, já que tivemos que pagar por ele. Mas é claro que fomos espertos o bastante para já tirar dali o sanduba do almoço. Fomos primeiramente para um dos principais símbolos de Berlim, o Portão de Brandemburgo na Parisier Platz. Ao sul do Portão ficava o "Memorial aos Judeus mortos na Europa" (também conhecido como "Memorial do Holocausto") que é composto por 2711 pilastras alinhadas em formato de grade. Já ao norte ficava o prédio do Bundestag (parlamento), que tinha uma cúpula de vidro bem legal, que dava para ter uma ótima vista do alto de Berlim e era possível analisar as diferenças que ainda existem na arquitetura da Alemanha Ocidental e Oriental.
Caminhando pela cidade, encontramos um dos poucos lugares que ainda tem partes do Muro conservadas como ele era. Isso era bem perto do museu a céu-aberto chamado Topografia do Terror, que contava de maneira entediante, através de painéis, a história do nazismo. Dali partimos em direção ao esforçado museu Judáico, que tinha uma obra interessante, entitulada Vazio, na qual era possível caminhar por pilhas de rostos de metal. Antes de anoitecer ainda fomos à East Side Gallery, que era onde ficava o restante do Muro de Berlim. Neste lugar o Muro recebe pinturas contemporâneas e deu para matar um pouco a saudade do muro da Mauá :). De volta para o hostel, aproveitamos para apreciar a cultura local.
O penúltimo dia prometia ser o mais "pesado" pois iriamos conhecer o Campo de Concentração Nazista Sachsenhausen, que ficava perto de Berlim. Esse campo, serviu de exemplo para construção de outros campos. O clima no lugar é triste, pois não tem como não pensar que milhares de pessoas sofreram e morreram naquele local, apesar deste campo não ter câmara de gás. O campo é muito bem preservado e diversos setores como os alojamentos, torres, fosso de fuzilamento, sala para cremação, etc mostram com clareza uma das maiores vergonhas da história do ser humano. Haviam também alguns museus bem interessantes dentro do campo, para retratar os acontecimentos daquele local.
Voltando a Berlim, fomos na Ilha dos Museus e depois demos uma descansada na Lustgarten que é uma praça que faz fronteira com a Catedral de Berlim e o Altes Museum. Já descansados, fomos em direção à Gendarmenmarkt onde seriamos agraciados por música ao-vivo. No caminho da Gendarmenmarkt, passamos pela Bebelplatz que ficou conhecida pela cerimônia da queima do livros que ocorreu em 10 de maio de 1933, onde o Grupo da Juventude Nazista e o S.A (organização paramilitar do partido nazista) queimaram mais de 20 mil livros de diversos autores, incluindo Karl Marx.
De noite fomos novamente para Alexander Platz que havia um show de "águas dançantes" e para Lustgarten. No outro dia, rumamos cedo de volta para a terra da Rainha.
Berlim é uma cidade que a história insistiu em utilizar como cenário. Nazismo, muro, guerra mundial, ocidente, oriente, holocausto, judeus, arianos ... estando lá, você "vive" tudo isto. Está tudo lá até hoje, mas, felizmente, apenas como memória.

PS: Dois filmes imperdíveis sobre o Nazismo:
- A Lista de Schindler
- O Menino do Pijama Listrado

ÁLBUM DA VIAGEM


Até ...